"Life is not about waiting for the storm to pass. It's about learning to dance in the rain"

Vivian Green


segunda-feira, 8 de março de 2010

Mais um dia

Passa mais um dia.
Conto os dias. Mas é uma contagem sem sentido. Sempre com o mesmo significado: ela continua a não estar aqui. E a ausência dela deixa-me uma angústia, um desespero, um não querer acreditar, um recusar-me a aceitar. Dói. Cá dentro.

O meu G. está doentinho. O normal e recorrente nele. Expecturação, alguma tosse e febre. Geralmente passa em 2/3 dias.
Para mim, foi um dia puxado.
O M. trabalhou até tarde e o pequenote ficou comigo em casa.
Antes dava tudo para ter um dia da semana que pudesse passar inteirinho com o meu G.. Nunca o levei ao colégio num dia em que não trabalhasse. Todos os momentos livres eram prioritariamente para o meu G.. E como isso me deixava feliz!
Actualmente a minha capacidade para passar um dia inteiro com ele é muito, muito reduzida. Sinto-me triste, sem vontade de fazer o que quer que seja... como estou diferente. Não me reconheço. E ao escrever apercebo-me como estas são palavras que não eram típicas do meu vocabulário. Não são expressões do que eu sempre fui.
Mas claro que fiquei com ele e tentei ao máximo dar-lhe toda a atenção. Brincámos, fizemos puzzles, fizemos pudim, desenhos... ao fim do dia estava no meu limiar. Precisava do meu bocadinho para pensar e chorar a minha C.
Adormeceu cedo. Estava cansadinho, tadinho do meu menino querido.
Debrucei-me sobre os meus pensamentos e sobre os meus sentimentos. Chorei. Chorei muito. A angústia que a falta da minha C. me traz é indescritível.
O que fazer com os vestidinhos, com os sonhos, com os projectos, com o sentimento? Se ela partiu, porque é que me parece tão real? Porque é que o amor que lhe sinto é tão real?

Percebo cada vez com mais clareza, que mesmo não estando cá a minha C. a mudança que ela trouxe à minha vida foi e será sempre brutal e fulcral. Não existo como antes. Não voltarei nunca ao que era antes. Com toda a certeza. Existo em 2: o antes da minha querida C. e o depois da minha C.
Como eu te queria beijar todos os dias à noite antes de adormeceres como faço com o teu maninho...
Amo-te, meu doce.

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