"Life is not about waiting for the storm to pass. It's about learning to dance in the rain"

Vivian Green


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Faz amanhã um ano que o nosso pequeno mundo começou a desabar.
Faz um ano que ficámos a saber do grave problema cardíaco da nossa filha tão desejada.
Era uma segunda-feira... No Sábado o meu pai tinha estado a montar o berço com a ajuda do meu orgulhoso G.! E como ele ficou feliz por ter ajudado o avô a montar o bercinho da maninha bebé...
Eu entretive-me todo o fim-de-semana a dobrar e a adorar aquela nuvem de vestidos cor-de-rosa.
Quem imaginaria que há um ano atrás este seria o ultimo dia da minha vida vivido na sua plenitude?...
A saudade da minha filha e do que com ela não vivi inunda-me. A recordação dos medos, dos sentimentos controversos, do pavor, do desespero... assaltam-me.

Será que não foi já suficientemente duro?
Será que temos de passar por mais esta prova?
O não conseguir engravidar deixa-me sem Norte. Foi o sonho cuidado e acalentado de ter um terceiro filho que me ajudou nos últimos meses. A minha incapacidade em consegui-lo arrasta-me para o turbilhão de sentimentos desesperantes que tão bem conheço...

O médico que me acompanha vive esta realidade numa perspectiva totalmente diferente da minha... 7 ciclos de ovulação induzida (e confirmada), coitos programados, negativos atrás de negativos, esperanças defraudadas... E após tudo isto diz-me: "agora vamos fazer uma pausa".
Como?
Uma pausa? Uma pausa de quê?
E não procuramos fazer exames complementares de diagnóstico?
E não são precisas no mínimo umas simples análises hormonais?

1 comentário:

  1. Como eu te comprreendo...Sempre disse que a morte de um filho é igualmente dura e terrivel para qualquer mulher...mas é muito mais dificil sair do posso do terror, quando sabemos que talves um segundo ou terceiro filho pode nunca vir acontecer...a infertilidade instalou-se na minha vida a muitos anos, e hoje, mais uma vez me lembra que talves só o David será o meu filho... mas eu não a vou deixar ganhar, eu vou lutar, e vou conseguir, tenho que acreditar nisso, e acredito que tu também alcançaras uma nova gravidez, e teras o teu terceiro filho nos braços... FORÇA!

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